Qual é o som do adeus?
19:14:00
Corri pra cá porque precisava escrever, claro que inspiração
me vem quando estou triste.
Mas além da tristeza, preciso descobrir o que estou
sentindo. Ele disse que não queria o fim pra nós, mas me viu ir embora sem
tentar me fazer ficar, isso doeu tanto quanto o primeiro passo para sair dessa
tormenta.
Sabia que não ia durar, sabia que em algum momento eu teria
que admitir que havia algo errado. Mas eu não sabia que o vazio seria tão
grande. Tarde demais para ser sem dor.
Queria chorar, mas se eu começar nunca mais vou parar. Então
nem vou me permitir a isso. Não vou mudar de ideia depois de um oceano de
lágrimas, nem ele vai perceber que deixou ir embora a grande oportunidade de
ser feliz, que ele tanto pedia a Deus antes de dormir.
Quero me entristecer e me revoltar com o universo por não
poder ser romântica e apaixonada. Por sempre acabar no lado doloroso de me
entregar a alguém. Mas eu não posso, não me permito nem um pouco disso, pois
sei de gente que eu gosto muito, com problemas maiores que o meu. E depois,
vejo tanto pelo que agradecer, que seria mesquinho da minha parte que eu não o
fizesse.
“Nos conhecemos na hora errada.” Essa frase me da náuseas,
hora certa é a gente que faz, tem uma grande diferença entre estar disponível e
estar disposto. Nem sempre estamos disponíveis, mas se estamos dispostos,
fazemos acontecer. Sei disso e não me surpreendo com a insensibilidade de quem
envolve, nesta “indisponibilidade”, pessoas cheias de boas intenções.
Vamos parando por aqui, e que o amanhã nos traga algo
melhor. Por hora, me encontro “fechada para balanço”.
0 comentários