Uma tristezinha de papel fino com cheirinho de maçã... tão suave e avassaladora que confunde-se com felicidade, mas é tristeza, é angustia de ver a superficialidade das pessoas, não de quaisquer pessoas, mas daquelas pra quem você dedica sentimentos extremamente profundos.

Às vezes parece felicidade, alívio... "ufa finalmente eu me desprendi desses seres que fazem apenas 'peso na terra'... ", mas depois eh sempre a certeza de que é uma grandessíssima merda ter que deixar de sentir coisas tão nobres e bonitas porque algumas pessoas não estão preparadas para sentimentos tão complexos e simples.

Porque amar, minha gente, é ter que admitir que as contradições mais absurdas vão abarcar o mesmo contexto, e que as sensações mais adversas entre si, serão as mais harmônicas também!

Amar é uma grande equação que deu errado, que não tem resultado, que nem Descartes nem Freud poderiam explicar... não existe uma forma ou formula certa de amar, tão relativo quanto a noção de certo e errado é também a noção do que é amor, para mim não existe meio amor, quase amor, ou desamor, se é amor é inteiro é certo e é para sempre...mesmo que não seja... pra mim é assim...

Penso antes de dizer "Eu te amo!" mas mesmo pensando antes de dizer, não consigo controlar, medir, equacionar o sentimento, já senti coisas parecidíssimas com amor, mas amor mesmo só uma vez na vida... E mesmo pensando muito, eu disse "Eu te amo!" sem amar, mas no momento em que disse, juro, acreditei profundamente que amava...

Não tem lição, não tem dica hoje, tem só essa tristezinha, frágil, que eu cultivo com cuidado, não quero ninguém me privando do prazer de sentir, porque ser feliz por momentos é se deixar levar por ondas, não é sentir, pois só é feliz quem sente a tristeza que existe no outro, na monotonia do outro, na esperança ridícula de ver o outro ser capaz de coisas maiores...